Corgi Virou Moda, Mas Quase Ninguém Fala Disso

Corgi Virou Moda, Mas Quase Ninguém Fala Disso

Nos últimos anos, o Corgi deixou de ser apenas um cachorro diferente e simpático para se tornar um verdadeiro fenômeno nas redes sociais. Vídeos virais, fotos fofas, celebridades adotando a raça e até referências à realeza britânica ajudaram a transformar o Corgi em um dos cães mais desejados do momento.

Mas existe um lado dessa moda que quase ninguém comenta — e ignorar isso pode custar caro, tanto para o tutor quanto para o próprio cachorro.


Por que o Corgi virou moda?

O sucesso do Corgi não aconteceu por acaso. Alguns fatores explicam essa explosão de popularidade:

  • Aparência única: corpo comprido, pernas curtas e o famoso “sorriso permanente”
  • Personalidade carismática e extrovertida
  • Forte presença em vídeos curtos (Reels, TikTok, Shorts)
  • Associação com a Rainha Elizabeth II, que criou a raça por décadas

O problema começa quando a decisão de adotar um Corgi é feita apenas pela estética.


O que quase ninguém fala sobre o Corgi

1. Não é um cachorro “de colo”

Apesar do tamanho relativamente pequeno, o Corgi não é um cão calmo ou passivo. Ele foi criado para o pastoreio de gado e ainda carrega esse instinto.

Isso significa:

  • Muita energia acumulada
  • Tendência a correr atrás de pessoas, bicicletas e outros animais
  • Comportamento insistente quando entediado

Sem estímulo físico e mental, o Corgi pode se tornar destrutivo e ansioso.


2. Problemas de coluna são mais comuns do que parecem

O corpo alongado e as pernas curtas deixam o Corgi mais propenso a problemas na coluna vertebral, especialmente se:

  • Vive subindo e descendo sofás
  • Usa escadas com frequência
  • Está acima do peso

Muitos tutores descobrem isso tarde demais, quando o cão já apresenta dor ou dificuldade para andar.


3. A raça engorda com facilidade

Esse é um dos pontos menos falados — e mais perigosos.

O Corgi tem apetite elevado e metabolismo que favorece o ganho de peso. Bastam alguns meses de alimentação desregulada para o cachorro ficar obeso.

Consequências comuns:

  • Sobrecarga na coluna
  • Problemas articulares
  • Menor expectativa de vida

4. Nem sempre se dá bem com solidão

Por ser muito apegado ao tutor, o Corgi pode desenvolver ansiedade por separação se ficar muitas horas sozinho.

Sinais clássicos incluem:

  • Uivos e latidos excessivos
  • Objetos destruídos
  • Automutilação leve (lamber as patas compulsivamente)

Esse é um ponto crítico para quem passa o dia fora de casa.


O impacto da “moda” no bem-estar da raça

Quando uma raça vira tendência, alguns problemas aparecem rapidamente:

  • Criação irresponsável para atender à demanda
  • Filhotes vendidos sem critérios
  • Pessoas adotando sem conhecer a realidade da raça

O resultado? Corgis abandonados, devolvidos ou vivendo em lares incompatíveis com suas necessidades.


Corgi é para você?

Antes de se encantar apenas pela aparência, responda com sinceridade:

  • Você tem tempo para exercícios diários?
  • Consegue controlar alimentação e peso com rigor?
  • Está disposto a adaptar a casa para proteger a coluna do cão?
  • Aguenta um cachorro inteligente, teimoso e cheio de energia?

Se a resposta for “não” para vários desses pontos, talvez o Corgi não seja a melhor escolha, por mais bonito que pareça no Instagram.


Conclusão

O Corgi virou moda, sim. Mas ele não virou mais fácil por causa disso.

Por trás das fotos fofas e vídeos engraçados existe um cachorro com necessidades reais, limitações físicas e alta demanda de atenção.

Adotar com consciência é o que separa um tutor responsável de alguém que caiu apenas em uma tendência passageira.

Se você ama cachorros de verdade, essa é a conversa que precisa ser feita — mesmo que quase ninguém fale sobre isso.

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